Quando a vida te força a parar e repousar, você começa a observar as pessoas e suas reações.
É impressionante o imediatismo dos dias de hoje. Como se tudo tivesse que ser dito ou feito na hora, "a gosto do freguês".
A era do online foi uma facilitadora desse pensamento. Se o status é online, o outro subentende isso como disponível, desocupado e disposto a ler/atender/responder o que quer que a pessoa queira.
Nesse momento me pergunto... É realmente assim? Quando foi que isso mudou? E por último e não menos importante: qual prejuízo esse tipo de pensamento pode causar?
Sim, é realmente assim...em um mundo onde uma pessoa envia uma mensagem instantânea para outra pessoa, já sabe que a mensagem chegou, se foi lida e automaticamente já imagina que foi ignorada caso não for respondida em alguns minutos ou (no caso dos mais ansiosos) segundos. Algumas vezes, sem nem imaginar o porquê da ausência de resposta, o remetente (se é que ainda se usa esse termo) liga incansavelmente para o destinatário esperando obter uma resposta.
Quando isso mudou? Quando passamos de esperar ansiosamente com borboletas no estômago por uma ligação ou carta, para conversar com a mesma pessoa em duas redes sociais diferentes sobre assuntos diferentes ao mesmo tempo? Em que exato momento essa transição ocorreu?
A reflexão mais importante agora não é do porque ou quando isso mudou, afinal a tecnologia agrega muito e sabemos que a evolução tecnológica é contínua, mas o ponto aqui é até quando continuaremos a viver fingindo ser algo normal esperar, ou até, ouso dizer "exigir" o imediatismo dos outros. Isso sim é um problema que diz mais sobre quem somos e quem esperamos ser.
É fácil saber, é só parar um segundo e pensar em situações do cotidiano que acontecem e muitas vezes são desagradáveis e refletir em como é bom/ruim receber esse tipo de tratamento para só então decidir a melhor maneira de se comportar em relação ao outro.
Isso é empatia,
isso é paciência,
Respeito.
Com carinho Anne
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